quarta-feira, agosto 09, 2006

Devaneios Dengosos


São tantas as coisas que me aconteceram nos últimos meses que fiquei com a mente toda bemolizada, ou seja, nada mais parecia (ou parece, ainda) ter sentido. Dessa forma, tornou-se impossível viver como qualquer pessoa: dormir, acordar, comer, trabalhar, divertir-se e etc...
De madrugada em madrugada, descobri algo que começou a me ajudar a desbemolizar a minha mente: escrever. A materialização dos meus sentimentos em palavras e a divulgação (tenho necessidade de expô-los!) dos mesmos a esse mundo surreal faz com que meu peito se alivie e a mente volte a trabalhar.
Acredito fielmente que o ato de materialização dos sentimentos pode ajudar qualquer um a exorcizar seus fantasmas, sejam eles oriundos da alma, da mente ou do coração; fantasmas de outra natureza devem ser exorcizados em um centro espírita!!
Assim, vou mostrar ao velho e bom mundo surreal as minhas materializações!!!!
PS: Isto é apenas para começar! Vejamos se, quando eu tiver tempo, faço disso uma COISA melhor.
MINHAS CRIAÇÕES MAL(-)CRIADAS
O mundo gira
O tempo passa
Dias felizes vão e vem
Dias ruins também

Encontros acontecem
Desencontros nos acometem

Tristezas que nos viciam no velho vício
Do escrever feito um estrupício




Chove uma

Me
Lan

Li
Ca

Chuva

no meu peito

Chove você em
m
i
m
.
.
.

A ânsia da paciência goza em café e livros
Inté que você volte naquele velho
Trotar de saudar o meu amar
Pensar Parecer Picador
Picada e Partida como no Picadeiro
Parto e Reparto todas as Partes
Parte a Parte de um Ponto a outro Ponto

Parto de um Pouco Pr’outro Pouco
Pouco-Picado Partido
Parte o Partidor
Partida fica cá uma Parte Picada.
A rosa flor

A rosa foi
Fazer-se em
Ir
Ter
brancas e puras
pétalas
Triste... a rosa flor

Fez-se
e
foi-se
Arre
pender-se
e
morrer-se



Querendo ser querido
Não apenas
Nos instantes do vivido
Mas
No todo do a ser havido


Sou exagerada
Talvez por não ser amada
E ser sempre apaixonada

Sempre apressada
Por isso desgraçada
Sempre a mesma palhaçada!
Sofro porque tenho ânsia
Porque vivo na inconstância
Tenho ânsia da paciência
Duma vivência que nunca
Se faz instância
Tança na Dança

Equilibrando a alma na corda bamba do seu samba,
Fiz tanta lambança que precisei de calma.
Lidando de cor, quase vacilei.
Mas com andança buscando mudança,
Essa lembrança apaguei.
Mal de Amor

A alma pede clamor
Para que falte a maldade
De lhe ter saudade

Se sentir saudade,
O coração vingança pedirá,
Eis que se dará a lambança da maldade!

Claudicando fortemente

Sua alma com toda calma
Dança querendo mudança
Embriagando-se nos cálices de falsas esperanças.

Cafajeste Iludido

Quis nova aventura em meio à vasta sequidão
Não mediu passos e mentiu chamas
Tudo pelo senão da solidão.

Seus torpes sentimentos latejaram-me a razão
Trotearam-me a alma,
Acabando com a minha calma.

Para que tanta ternura cá se era só para tentar a ventura lá?

Não sabe você que se de lá chama,
Apenas é para lhe fazer meras manhas
Sem lhe querer em manhãs nenhumas?

Construa com quimera seu frágil castelo
Que com sua mera bela
Em seu ínfimo cerebelo desmoronará!
Pois tudo já se era:

Depois de tanta torpeza,
Sua alma desnudou-se,
A minha de volta mudou-se
E a dela nem se mexeu.

Do castelo de quimera
Restou-se senão a sua chorumela
Com tristeza e solidão.

Vá-se seu bundão!

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