quarta-feira, novembro 17, 2010

Viagens Fiadas



Há muito que não posto nada. Hoje não postarei contos, poemas ou qualquer coisa parecida. Vou ficar somente na conversa fiada.

Tô achando que o sagitariano precisa alimentar o próprio fogo o tempo todo, pois de tempo em tempo, bate o vendaval e apaga o fogo se esse estiver fraco. E, claro, também tem que sustentar o fogo que está alto com mais lenha, se não o vendaval vem e o espalha por aí queimando e destruindo tudo que estiver à volta! É fogo ser fogo!
Nessa última madrugada, sonhei com vendaval seguido de uma enchente, que ainda foi sucedida por uma mudança em cima de caminhão (eu, meu marido e um problema alheio) e tudo com direito à, claro era um pesadelo, não ter rumo certo.
Observando esse pesadelo sob a ótica de uma sagitariana de óculos encebados, sem tempo para fechar diários e com tempo de sobra em desperdício (destino sim, assumo publicamente, parte do meu tempo ao culto à preguiça e às viagens mais malucas pelos mundos mais incríveis do meu interior!), esse pesadelo mostra a falta de objetivos e perspectivas para Pequenas Mudanças, Grandes Efeitos; aliás esse é o título de uma comunidade que eu criei numa madrugada que tem um público gigantesco e surpreendente: eu e mais uma desconhecida! Talvez isso aponte para um problema de nível mundial: o homem não gosta de mudar, nem mesmo um pouquinho!
Talvez eu realmente tenha problemas: sou viciada em mudar o tempo todo e agora tô sentindo falta de encontrar uma coisa para mudar. Talvez minha vida seja perfeita, me pergunto. A resposta é seca: Perfeita não é, pois sobra preguiça, sobra o envolvimento emocional com problemas dos outros (ah, sobretudo com problemas das minhas enteadas e dos meus alunos! Hoje eu soube de um acontecimento gravíssimo que escreverei quando eu puder pôr para fora!), sobra calor (Pô, quem pensava que viver no sul seria sinônimo de um vida sob um frescor a mais se enganou feio, pois o calor aqui é horripilante!), sobra incomodação, falta disposição, falta criatividade, falta tempo para dedicação com culpa zero àquilo que mais adoro fazer, enfim... falta uma piscina no meu quintal, faltam também um jipe, um Citroen C3, falta uma estante maior para meus livros (que vício! Acho que tenho que me tratar!) e, claro, faltará mais livros para esta estante maior... E claro, ganhar na Mega para ir à nascente do São Francisco com um avião particular levando toda a família religiosa para um grande acampamento!
É assim! Acho que o marasmo do fim do ano chegou. O escritório não foi construído assim como o salão mágico também não. Mas mudei de emprego, recuperei soldados, contratei mais alguns, ganhei vidros para pôr encima da mesa do computador (o pó agora só sairá com álcool, adeus à facilidade do espanador com penas de galo preto!) onde sob vou colocar santidades, adquiri muito conhecimento, enfrentei batalhas incríveis, venci ao lado do meu marido uma grande guerra surreal, comprei uma vassoura caipira (no mínimo servirá para eu dar nos córnios dos invasores do submundo ou de qualquer infeliz humano que entre sem ser convidado), jóias de prata e ouro, consegui a pedra filosofal e descobri a fórmula do elixir da longa vida! Ufa! Que grande viagem fiada! Ah, a maionese agora é mais light, aprendi há umas 3 semanas a fazer a de leite, isso a deixou muito mais rentável e escorregadia!
Quem sabe até 31/12 ganho na Mega, construo o escritório e o salão mágico, compro depois um grande balão e saio por aí numa grande viagem com muito fogo e ar! Se não rolar o balão mágico, vou ter que me contentar com a super-aeronave da fantástica empresa de aviação GOL que em janeiro me levará ao Chateu du Franc (não é ironia, é só para deixar chique mesmo!) onde espero poder tomar sorvete com a Princese Dorer.

Fui que a viagem terminou, não é madrugada, mas meio da tarde e os diários me chamam!

segunda-feira, junho 21, 2010

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Vida Real

Um sustenido do irreal