quinta-feira, abril 09, 2009

O dia em que Marília disse o sim


Casei! Finalmente Marília casou. Não é bem assim... Não tive sacerdote, festa ou dote, mas casei, juntei ou ainda amasiei, como dizem por aqui. Foi tudo bem ligeiro, nem mesmo esperava que aquele que conheci num sábado de inverno fosse me conquistar no verão a ponto de eu dizer o SIM, pior, largar o mar da ilha da magia e vir para as matas de Viamão. Engraçado, cômico, assustador, lamentado, etc., não importa, o que importa é que casei.

Às vezes, o que é melhor para nós está além da capacidade de nossos próprios anseios, mais ainda das vidências nossas de cada dia. Uma vez lá atrás, há um ano, eu vi em meu baralho que me casaria, vi também que seria em um ano, e mais, com um filho do Grande Pai; cá para nós, quem melhor para casar com a filha da Grande Mãe? Mas quem é que vai acreditar? Há poucos meses, vi que eu me mudaria, mas pensei que seria mais uma daquelas mudanças de bairro... Que nada, além de me casar, ainda me mudei para outro estado! E nem avisei ninguém! Loucura ou não, aconteceu comigo sem o menor condicionamento de visões, previsões, afinal, nem mesmo me lembrava do que tinha previsto. Depois que tudo estava arranjado, a mudança encaminhada, ou encaminhonada, me lembrei das previsões...

Se hoje vou fazer alguma previsão para este casamento, seja lá o nome que queiram dar, não farei. Deixarei o tempo mostrar as conseqüências, afinal, nem preço e nem medalha há no final, tudo é mera consequência e nada é de todo ruim e nem de todo bom. Os fatos da vida simplesmente acontecem, mas certamente somos nós que damos a eles a luz ou a escuridão.

Amizade é tudo que é de mais importante em um relacionamento, depois vem a paixão, a admiração; o amor é a mera soma dos sentimentos multiplicados pelas atitudes do dia-a-dia (ceder, compreender, esforçar-se [não para agradar, mas para prosperar], etc.). É isso o que aprendi assistindo os relacionamentos dos parentes, dos amigos e com passado: sem amizade, sem longas horas de conversas divertidas e instrutivas nada mais poderá haver.