terça-feira, fevereiro 17, 2009

No Teatro da Vida ou da Morte

[Sinfonia da Dúvida, Acrílico s. papel, por MCValdágua]
Enquanto tudo é possível, não há nada que possa ser previsto ou dito. Dúvida? A Dúvida seria escrúpulo, ou não? Talvez medo? Ou insegurança? O que é a Dúvida? Pior que a dúvida, ou o que a piora, antes pelo contrário, é a ansiedade pela Decisão. Diz Aristóteles que a Dúvida é o princípio da Sabedoria, será mesmo sábio aquele que duvida? E até mesmo aquele que duvida de si próprio e de sua fé? Ou será este um cretino? Quais os caminhos que a Dúvida nos leva? Serão perigosos os caminhos? Terão um final? Será feliz esse final? Como será? A Dúvida, me parece, exige precaução. Se na Dúvida digo sim, mas não tenho certeza do sim, apenas tenho a ansiedade pela Decisão? E se digo não apenas pela ansiedade pela Decisão? Uma resposta errada e caminhos errados de finais imprevistos. Dúvidas nem sempre são solucionadas em sins ou em nãos, às vezes, em frases completas de sentidos, às vezes, ambíguos, onde, ou quando, você põe sua vida em xeque ou num cheque, põe toda sua estrutura à prova ou à perda, sua vida ao céu, ao léu ou ao inferno ou em todos os lugares ao mesmo tempo... Isso é mesmo possível? Onde está minha vida neste momento? Em que lugar será que a Dúvida, melhor, as Dúvidas, me colocam? Qual o preço de tantas Dúvidas? Viver doze horas ao céu, outras doze ao léu ou ao inferno, ou algo assim talvez seja um preço razoavelmente caro, um preço que não posso mais pagar, pois a cada dia seu valor aumenta e meu coração se lamenta. De quem é a culpa por tantas Dúvidas? Minhas, tuas? Terá alguém culpado nisso tudo? É natural? Talvez não? Sou Eu? É a vida ou a morte? E se eu persistir? Será sábio? Será idiota? Louco?